Page 746 - Livro Tratado de lesões da coluna no esporte
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da evolução do paciente. Atualmente, os aparelhos per-
mitem definir o formato de onda, continuidade ou não
do estímulo e sua frequência, variações essas que ten-
dem a evitar a acomodação ao estímulo durante a ses-
são, potencializando suas respostas fisiológicas.
Tradicionalmente, temos cinco modos de estimula-
ção em eletroanalgesia: a sensorial, a motora, a breve e
a intensa, e em nível nocivo.
A estimulação sensorial utiliza ondas de altas frequ-
ências (em torno de 100Hz) e curta duração (50 a 150
milissegundos), com amplitude logo abaixo do limite
de produção de abalos motores, gerando sensação de
confortável parestesia no local de estimulação com alí-
vio temporário da dor. Esse modo de estimulação atua
por meio de fibras grossas, possivelmente pelo mecanis-
mo de portões, proposto por Melzack e Wall, tendo uso
adequado durante exercícios e atividades laborais. (12)
A estimulação em nível motor, também chamada de
“baixa frequência”, utiliza pulsos de 2 a 4 Hz com longa
duração (100 a 200 milissegundos) e em amplitude que
gere contrações musculares. Atua por meio de neurô-
nios de fibras finas, porém mielinizadas, e ocasiona a
liberação de endorfinas e encefalinas com analgesia de
longa duração apropriada para quadros de dor crônica.
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